sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Fabaceae - Mimosa caesalpiniifolia Benth. -sabiá- -mimosa sabiá-

Inflorescência espiciforme (f. 1)
Eixo cilíndrico (f. 2)
Flores sésseis, estames 5 vezes maior que o tubo da corola (f. 2)
Estames com filetes longos, alvos, corola diminuta, campanulada (f. 3)
Espiga oblonga (f. 4)
Sinflorescência de espigas (f. 5)
Sinflorescência terminal (f. 6)
Panícula de espigas, flores alvas, estames vistosos (f. 7)
Folha bipinada, 3 pares de folíolos, 3 pares de folíolulos por folha (f. 8)
Folíolo obovado, glabro, margem crenada, face abaxial com nervura proeminente (f. 9)
Planta arbórea muito ramificada (f. 10)
 Fruto plano, glabro, linear (f. 11)
 Fruto 6 articulado (f. 12)
Fruto tipo craspédio com semente orbicular (f. 13)
Semente retangular, castanha com pleurograma circular e hilo lateral (f. 14)

Leguminosae, Mimosoideae, Mimoseae, sect. Batocaulon, serie Caesalpiniifoliae (Barneby 1991); 490-510 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 358 espécies das quais 265 são endêmicas (Dutra e Morim 2015).

Mimosa L.

Erva, arbusto, árvore ou trepadeira, armadas ou inermes. Estípula caduca ou persistente. Folhas alternas, bipinadas. Inflorescência axilar, espiga ou glomérulo. Flores sésseis, hipóginas, actinomorfas, tubulosas; cálice gamossépalo; corola gamopétalas, androceu dialistêmone, diplo ou isostêmones, estames com filetes vistosos; gineceu 1 pistilo. Fruto tipo craspédio.

Mimosa caesalpiniifolia Benth., Journal of Botany, being a second series of the Botanical Miscellany 4(31): 392. 1841.

Planta arbórea ca 4 m alt.; tronco cilíndrico, estriado; madeira densa, ramo difuso, lignoso, estriado, glabro, armado. Estípula 2, caduca. Filotaxia alterna, dística. Folha bipinada, 3 pares de folíolos; 3 pares de foliólulos, oposto, obovado, ápice obtuso, margem crenada, base assimétria, face adaxial e abaxial glabras, nervação cladodroma, expressa na face abaxial, membranáceo; raque menor que a raquídula e maior que o pecíolo. Inflorescência terminal, panícula de espiga, cilíndrica. Flor pequena, séssil, monoica; cálice diminuto; corola campanulada, lobos 4, alvo; estames apostemones, filete alvo, 5 vezes maior que o tupo da corola, antera amarela; gineceu monocarpelar, ovário súpero, pluriovulado, glabro. Fruto craspédio, plano, linear, glabro, 7-8 segmentos de fruto.  Semente 7-8, quadrada, aresta arredondada, testa dura, lisa, marrom, hilo sob-basal.
Comentário
Esta espécie é facilmente reconhecida por apresentar o caule estriado, com casca fibrosa; folhas grandes com foliólulos obovados, margem crenada.
Espécie endêmica da Caatinga. Material descrito coletado por Gardener 2137, proveniente do Piaui.
Atualmente esta espécie apresenta um grande potencial econômico, sendo usada para produzir madeira e extremamente usado em cercas vivas.

Nome popular: Sabiá

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Jardim Botânico Benjamim Maranhão, João Pessoa, Paraíba, Brasil.

Referências


-Amorim, L.D.M. de et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar,
nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-22], pp.105-124.
 
-Barneby, R.C. 1991. Sensitivae censitae: a description of the genus Mimosa Linnaeus (Mimosaceae) in the New World. Memoirs of the New York Botanical Garden 65:1-835.    

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Dourado, D.A.O., Conceição, A.S., & Santos-Silva, J. 2013. O gênero Mimosa L. (Leguminosae: Mimosoideae) na APA Serra Branca/Raso da Catarina, Bahia, Brasil. Biota Neotropica, 13(4), 225-240. https://doi.org/10.1590/S1676-06032013000400020

-Dutra, V.F.; Morim, M.P. Mimosa in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 09 Mai. 2015

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Nascimento, J.B.S., A.L.S. Sales, e E.B. Souza. 2020. “Potencial de uso de leguminosas emuma área de mata atlântica na APA da bica do Ipu, Ceará.” Em Agricultura e desenvolvimento tecnológico no semiárido Publisher: Proex uva, por UVA, 215-230. Sobral: Proex-UVA. 

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Santos-Silva, J. & Tamashiro, J.Y. 2016. Mimosa L. em. Wanderley, M.G.L. et al. Flora Fanerogamica do Estado de São Paulo. São Paulo: Instituto de Botânica.


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